GERAÇÃO PRÉ-ADÂMICA

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CREMAR OU ENTERRAR?


Embora adotada desde a antiguidade, a cremação ainda é tema polêmico na sociedade ocidental, defendida por muitos e combatida pela opinião mais conservadora. Cremação é a incineração de um cadáver até reduzi-lo a cinzas. Faz-se no forno crematório, onde o cadáver, submetido a calor intenso durante uma ou duas horas, transforma-se em um pequeno monte de cinza esbranquiçada. Em seguida, as cinzas são espalhadas em um jardim ou outro lugar qualquer, ou colocadas em uma urna, que fica em poder da família ou é guardada em um nicho, no cemitério. Caso não haja nenhuma determinação legal em contrário, prevalece o desejo manifestado em vida pelo morto, ou da família, em falta deste, quanto à opção pela cremação e o destino a ser dado às cinzas.

Na antiguidade, a prática da cremação provinha de duas razões diferentes: a necessidade de trazer de volta os soldados mortos, para receberem sepultura em sua pátria, como ocorria entre os gregos; ou de convicções religiosas, como entre os escandinavos, que acreditavam assim libertar o espírito de seu invólucro carnal e evitar que o morto pudesse causar algum mal aos vivos. Em Roma, talvez devido ao ritual adotado para queimar os soldados mortos, a cremação virou símbolo de prestígio social, de tal forma que a construção de columbários - edifício com nichos para as urnas funerárias - tornou-se negócio lucrativo.

Nos tempos modernos, a discussão sobre a cremação iniciou-se, no Ocidente, no século XIX, com a publicação de um livro do médico Sir Henry Thompson. Nos Estados Unidos, o primeiro forno crematório foi construído em 1876, e logo surgiram sociedades de apoio à cremação. Na Alemanha e Dinamarca, no final do século XX, o número de cremações excedia o de enterros comuns, tal como no Japão, onde foi admitida legalmente em 1875. A aceitação ampliou-se graças à derrubada das objeções, como a de que impediria a investigação criminal, contraditada pelo aperfeiçoamento dos equipamentos policiais e pelo desgaste dos preconceitos supersticiosos. (1)



A Questão Bíblica

Era prática judaica enterrar os mortos na terra ou em túmulos de pedra (Gn. 15:15). Nunca foi do costume judeu cremar os corpos e contemplavam essa prática com horror (Am. 2:1). A cremação só era prescrita como castigo (Js. 7:15).

Os cristãos seguiram o exemplo judaico no que concerne ao respeito aos mortos. Aceitavam o ensino de que o corpo do Cristão é o Templo do Espírito Santo e, como tal, deveria ser respeitosamente enterrado (I Cor. 3:16 e 6:19). Esses cristãos primitivos procuravam sepultar seus mortos num mesmo lugar, dando a esse lugar o título de cemitério, cujo significado é dormitório (Mt. 27:52). (2)



Conselho Prático

Bem, cremado ou enterrado, nada disso poderá impedir o arrebatamento do cristão (I Cor. 15; I Ts. 4:16-17), pois todas as cinzas voltarão à vida (Ap. 20:13). Entretanto, seria respeitoso o ofício fúnebre nos moldes cristãos, isso por que nos primórdios do cristianismo o paganismo se utilizou dessa prática para se contrapor a idéia cristã da ressurreição do corpo. Acredito que não seria viável para nós tal prática pelo que ela nos lembra!

"Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz e sairão" (Jo. 5:28).

Autor: Pr João Flávio Martinez

Um comentário:

  1. Eu acho que mesmo não influenciando no arrebatamento, pq Deus faz um exército de ossos secos se levantarem, não devemos praticar esse tipo de conduta por causa do testemunho as outras pessoas que colocaram na cabeça que esse é um costume católico ou de outras religiões.

    ResponderExcluir