GERAÇÃO PRÉ-ADÂMICA

quarta-feira, 20 de junho de 2012

3 CRITÉRIOS DE AUTENTICIDADE DA BÍBLIA!



Os critérios mais comuns pelos quais os livros tinham que passar foram três: É apostólico? Alguma igreja recebeu este livro na Antigüidade? É consistente com a doutrina?



1. Apostolicidade. Um livro seria aceito se tivesse sido escrito por um apóstolo, ou por alguém do circulo apostólico. Observe os escritores do Novo Testamento e sua condição de apostolicidade. Mateus, João, Pedro e Paulo foram apóstolos; Tiago e Judas eram irmãos (Filhos de José e Maria) de Jesus; Marcos era associado na redação de seu evangelho com Pedro; Lucas era associado de Paulo no trabalho missionário.

O autor de Hebreus, se não for Paulo, é alguém que se situa no circulo apostólico (Hebreus 2.3-4). Assim, todo o Novo Testamento está ligado aos apóstolos de Jesus, que tinham sido especialmente designados por ele como porta-vozes autorizados. A Antigüidade do livro e a presença de doutrina apostólica aceita como padrão também contariam. É por este critério que Hebreus, Judas, Apocalipse e outros tiveram dificuldades para serem reconhecidos, pois sua autoria apostólica não era clara. Por outro lado, a atribuição do Didaquê, da Epistola de Clemente e do Pastor de Hermas, a personagens neotestamentários (apóstolos, Filipenses 4.3 e Romanos 16.14) levou alguns a pensarem que os livros eram inspirados. A igreja antiga procurava distinguir livros autoritativos, dos livros úteis, como a Epistola de Barnabé.



2. Recepção. A igreja receptora deveria ser a testemunha do uso continuo do documento e de sua origem apostólica. Este critério que decorre do anterior atrapalhou muito as chamadas “Epistolas Gerais” por não serem dirigidas a uma só igreja e, portanto, carecerem de apoio especifico no testemunho de sua origem apostólica. O fato de um livro estar sendo lido em público na igreja seria um fator muito importante para sua aceitação (1 Tessalonicenses 5.27; 2 Tessalonicenses 3. 14-15; Colossenses 4. 16; Apocalipse 1. 3; 3 João 9).


3. Consistência de doutrina, tendo como parâmetros o velho testamento, o ensino de Jesus e dos apóstolos. Ortodoxia é outro modo de entender este critério (Rm 6.17; 2Tm 1.13; 1 Tm 6.20). As obras heréticas e apócrifas seriam logo rejeitadas nesta base. O bispo Serapião, de Antioquia (200 d.c.), ao saber que uma igreja de sua região lia e apreciava o Apocalipse de Pedro, fez uma avaliação e rejeitou-o com base no seu ensino herético.


Pedro, no fim da sua vida já afirmava o fato de que Deus havia doado ao seu povo, “Todas as coisas que conduzem à piedade” (2 Pedro 1.3) e Judas, mais tarde ainda fala da “Fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos” (Judas 3). Estas afirmações mostram que os apóstolos e os profetas da igreja antiga estavam convencidos de que tinha recebido tudo o que era necessário para a igreja. Não falta nada aos cristãos que seguem o Novo Testamento.


Assim, a Bíblia foi escrita e seus livros reunidos num conjunto que foi transmitido, através dos séculos até os nossos dias. Através de cópias feitas à mão, os textos bíblicos do Velho e do Novo testamento foram transmitidos e preservados até invenção da impressa e até que em 1516, o primeiro texto grego do Novo Testamento foi publicado por Erasmo Rotherdan.

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